Ele e ela.

Ela menina de interior, cheia de pré-conceitos. Nunca tinha saído pra uma cidade maior. Acabou descobrindo muitas coisas. Experimentando viver. Uma vida não muito interessante, acostumada a receber ordens, nunca faz o que realmente quer e se faz passa alguns dias preocupada com os "castigos divinos". Ele um ano mais novo, rebelde, livre. Não recebe ordens de ninguém. Menino-homem de interior, mas que desde cedo traçou metas e saiu de casa com o objetivo de ser o primeiro da turma. E conseguiu. Cabeça aberta, livre... dura. Irredutível. O coração dele? Novinho, ainda não tinha se machucado. Um relacionamento duvidoso. Uma vida unida, finalmente. Erros...muitos erros. Um começo difícil, atropelado. Eles estavam aprendendo a amar ainda. Precisavam de tempo pra aceitar que já era tarde, já estavam presos a uma teia... Ele perdera sua liberdade....seu machismo... Uma lista imensa de mulheres que tinha dado um ponto final. Uma vida deixada pra trás. Ele agora já não trai... já não consegue mentir ou omitir o que sente. Ela... ainda cheia de sonhos, parou de procurar um príncipe encantado. Tem certeza que encontrou o cara certo. Ainda se atropela com a modernidade, mas mesmo assim, está conseguindo se adaptar. Eles tentam ser felizes. Se sentem bem juntos, e mesmo com tantas confusões de tempo, distancia e temperamento (principalmente) vão conseguindo desviar dos obstáculos. Mudaram, enfim. Ele tolera os chiliques dela. Ela não consegue dizer não. Ele finge que não se importa com os modos dela. Ela deixou de lado sonhos. Ele [agora] é sensível. Ela [agora] é mais racional. Ele come da comida dela e acha gostoso. Ela escuta as músicas estranhas dele. Ele é consumista, adora comer e planeja viver bem. Ela odeia fazer compras (e ele sabe o porque), está engordando e quer ser feliz. Talvez não exista mesmo alma-gêmea. Talvez a relação entre homem e mulher não funcione mesmo e que essa teoria esteja certa de verdade. Mas  talvez o amor seja uma ilusão precisa. E eles estão indo muito bem. Uma certa parceria de sintomas: ele tão racional...ela tão emotiva...trocando cartas e segredos...

 “na desordem do armário embutido meu paletó enlaça o teu vestido e o meu sapato 'inda' pisa no teu”.

Acho que posso me acostumar a ser sozinha... Não! Acho que TENHO que em acostumar a ser sozinha... Eu meio que provoquei isso tudo, mas não sei como...e pior: agora não sei como reverter. Antes parecia meio difícil levar "tantas vidas", mas por um momento achei que fosse conseguir...achei que fosse dar conta. E sem que percebesse fui metendo os pés pelas mãos... Acho estranho chorar agora...Não ter com que contar... Perdi interesse por tudo que queria...e agora estou sozinha de pessoas, de planos...e de sonhos... Acho que não resta mais nada... Devo ter chegado naquele ponto de "lousa branca" esperando ser reescrito...mas não sei por onde começar...nem sei se devo, nem sei se quero mais... Tá... eu poderia ligar pra minha irmã...e tentar falar pra ela que não estou bem...quem sabe uma vez ela me escutaria...mas não...hoje ela tem uma vida também... Poderia acordar meu namorado e pedir ajuda...mas ele só se angustiaria mais... Meus amigos...esse não tem culpa...eu que virei as costas para todos... Minha vida agora se resume a ver a vida dos outros... Umas eu almejo...outras só passam...algumas me fazem rir (isso é bom)...mas já não faço parte verdadeiramente da maioria delas... Queria voltar pra o meu interior...me esconder na minha casa...fingir que esse outro lado da minha vida não existiu...e tentar ser feliz assim...Mas não tenho coragem...Me falta o mais importante: força pra decepcionar os últimos que restaram ao meu lado... mas não tenho... Queria definhar...Acho que não tenho mais lá tantas escolhas assim...Mas ainda posso chorar...baixinho...escondido...pra que ninguém me ache...nunca mais.

Fuja...

Era o meu medo de conviver com você...
Sabia que terminaríamos assim...
tristes estranhas...pessoas diversas...

Eu te contava meus problemas...mas você achava que era loucura.
Mas quando as coisas são com outras pessoas elas ficam mais facéis mesmo...
Difícil de explicar, mas ficam mais toleráveis.

Quando é conosco é diferente...
Dessa vez foi com você.
Eu sabia que isso aconteceria, eu te falei.
Mas você nem deu bola...

E agora sou só eu...

Eu e meus problemas...eu e minha esquisitisse.
Eu e minha incompreensão...que agora nem você mais me escuta.
Acho que tenho que pagar esse preço.

Por que sou assim mesmo, difícil de conviver...
Tenho sérios problemas...sou louca.
Se afaste enquanto temos amores, sorrisos e abraços.

Fuja de mim...

Dizem que o "não saber nada" é bom. talvez um impulso...
ou simplesmente humildade.

Mas me pergunto até onde vai isso...
até onde vai o não saber positivo? q é bonzinho...e te impulsiona para saber sempre mais?
Será mesmo q essa sensação de não saber ou de saber menos é benéfica?

Será mesmo que a "angustia edifica" ?
rsrsrs
Tenho minhas dúvidas...

Sou daquelas que acredito que muito conhecimento aliena...talvez esteja louca... talvez até saiba tão pouco que considero saber muito alienação.
Mas penso assim.
Quando o mundo estiver fora do lugar e só existir sua própria verdade....pode ser que algo esteja errado...
ou quando perder a essência (termo não muito tolerado)...isso é grave.

Será que precisamos nos tornar diferentes por saber algo novo...e acreditar piamente nesse novo?

Agora...depois de respirar fundo e reler esse texto me sinto pequena...
diante de tudo que não sei...
diante do mundo que pensa que tudo sabe...
e me questiono quem está errado...
na verdade me afirmo...como louca...insana e pouco sábia...

Em análise ³

...Foi como ir ao parque de diversão e comprar o bilhete do brinquedo mais perigoso e emocionante. E eu paguei o preço...
A sensação era a mesma de uma montanha russa.
Eu esperei tanto por aquele momento. Eu desejei. E até planejei falar: "hoje eu quero ir". Mas isso foi antes. Não naquele dia.
Agora eu não queria mais. Ou queria.

O sentimento confundiu um pouco meus pensamentos e minhas vontades.

Mas não tive muita escolha. Nem muito tempo pra pensar.
Nem muito tempo pra sentir aquela sensação.
Ela disse "vá" e eu fui.

Eu paguei pra ver...
E sinto que foi só o começo.

"Quem dera ser um peixe..."

 "  'Quem dera ser um peixe...'

E estar imerso verdadeiramente no meu próprio mundo, na minha própria vida...

E nadar por onde quiser... nadar contra a maré se for preciso... e não estar preso a conceitos alheios, a principios que não são meus...

E estar sozinho e mesmo assim me sentir livre por ser quem eu sou!

E estar rodeado de outras pessoas e me sentir bem, me sentir completa e livre novamente para ser diferente nas semelhanças que nos unem...

E me sentir sufocada...sem ar, quando algo do que não concordo acontecer...quando for fora de mim...

Por favor, que eu não me acostume, que não se torne normal diante de mim..."

12.03.2009

E as pessoas sugam o máximo de você.

Não importa quem seja: querem favores...sorrisos, coisas. Até as que você não tem..

Mas mesmo assim, se seu dia não estiver bom o sufuciente para alegrar outra vidinha, logo você se torna imprestável ou simplesmente motivo da ignorância dos demais.

Somos simplesmente nada.

Sua opinião não vale. Suas palavras são silenciosas. Suas questões esquecidas...

Motivos de piadas, motivos de sacanagem...somos a evrvilha no cantinho da sala. Que lava, passa, cozinha e ainda pode ser usado como piada para qualquer ocasião!

Bom...isso é um estilo de vida...interessante, não?

Dizem que é escolha...não acredito muito nisso...

não hoje...

Dias...

São apenas dias...

Dias que podem ser chatos, desagradáveis...podem ser dias esperados...podem apenas ser dias...

As vezes com uma pontinha de uma superstição indesejada e "inconsciente" estragamos tudo. Estragamos dias, semanas...meses.

Será um mês assim...

Cheio de tombos (literalmente)...cheio de discussões...de esperas...de desmarcar encontros e ir a alguns indesejados...

Será mesmo que se consegue mudar o "destino"?

Talvez, mas só talvez, assim como não podemos evitar que uma folha seca caia da árvore, também não possamos evitar que um dia...que mais um dia não seja como esperamos...

Mais um dia...e mais outro...

As vezes não é apenas só um dia... 

As vezes é uma sequência de desastres...

Está preparado?

Você está preparado para ver que sua vida não é real?
Ou se dar conta de que tudo que acredta não é nada seu?
Está pronto para destruir toda uma vida que você acreditava ser sua?

Também pode pensar se está preparado para se desfazer de tudo que acha importante...ou dos planos que fez pra sua vida...ou dos sentimentos que sente...
Você está preparado?
Para parar de sonhar?
Parar de crer...parar de amar...parar de confiar...
Está?

Não deve ser fácil ter que de uma pra outra desacreditar de tudo que um dia foi sua vida...não deve ser fácil ter que acordar em um belo dia e simplesmente se dá conta de que sua vida não era sua...de que seus sonhos e planos não eram seus...de que toda sua história não foi você mesmo quem escreveu...

É...não é nada fácil.

Realmente é uma tarefa para poucos...para poucos corajosos...que não desistem no meio do caminho...que não tropeçam...
É uma tarefa ardua...e complexa...
Não é só descobrir que sua vida não é sua de verdade. É mais que isso... É ser capaz de construir algo novo. De começar do zero. De encontrar quem você é...
Já que todos esses anos você foi quem você não era...

Meio louco?

É...pode ser...
Mas, infelizmente ou felizmente, é real...
Nos conhecemos bem menos do que achamos...
E não somos aquilo que achamos que somos...isso é o que dói mais...

Estar preparado é mais ou menos uma escolha...
Optar pela desalienação...
optar pela DESCOBERTA de si mesmo....
Querer sofrer, em outras palavras... ser louco o bastante para abrir a porta do desconhecido e adentrar nesse mundo de desilusões, frustrações e angustia!

Há promessas sim, é verdade!
De um mundo mais tranquilo...de um mundo mais seu...
Ou de uma vida que é sua...que você escreveu e ninguém o fez por você...
Mas isso implica sofrimento, desordem, medos, barreiras...resistências...
Isso implica coragem, acima de tudo...
De perseguir aquilo que um dia você esqueceu pra dar ouvidos a Outro's...

 E daí...

Quem sabe conseguir ser você mesmo...

Em análise, ²

Às vezes é como se me abrisse um burado no peito. Me arrancando pedaços, sonhos e segredos escondidos. Algumas lágrimas e muitas palavras.

Outras vezes é uma sensação de alívio enorme. Sensãção de que não se está louco. Ou simplesmente, sensação de desabafo...
Uma alegria, uma liberdade.

Na verdade, um sentimento de esperança. De que as coisas possam vir a ser melhores, ou quem sabe mais certas...depois de tantos erros e devastação.

Mais um passo.

Mais um corte.

Mais um "basta".

Mas dessa vez diferente.

Mais confiante...

De que esse trabalho todo, talvez, tenha lá seu lado bom...

         

     As vezes é necessário ficar sozinho: um pouco longe das conversas...um pouco ausente do mundo e fora do ar...

Nem sempre nos comportamos da melhor forma diante de um problema. E muitas vezes é mais fácil se esconder...

Com uma ilusão de que se trancando em algum lugar...indo embora...ou tentando esquecer o problema vai embora!

Viajar, sumir ou morrer também não farão com que o problema acabe....

São só tentativas de se esquivar...São só tentativas vãs...

Ficar sozinho...

Tão dificil...

Mas as vezes é mesmo a melhor coisa a se fazer.

Se sente falta das conversas...e se começa a sentir saudade de um tempo que já passou...com uma ilusão de que lá se era feliz...as vezes as ilusões são tão verdadeiras que se chega a voltar mesmo aquele lugar...só pra que se dê conta de que sua vida não tinha esses problemas que hoje tem, com certeza. Mas eram outros...

Era com outras coisas que você ocupava a cabeça...

Daí talvez venha a confirmação...ELES SEMPRE EXISTIRÃO!

E você pode sempre optar...por resolver...ou voltar a se esconder em um mundo de ilusões que você criou.

Não é uma tarefa fácil...

Mas tentar ter outra vida...tentar voltar a um tempo que não volta mais...fantasiar uma vida diferente...ou querer desaparecer, talvez seja mais fácil...mas não vai lhe trazer um sorriso de volta...

Ou aquele amigo que você deixou pra trás quando escolheu ficar sozinho e agora não sabe mais como dizer que o quer de volta...

Também não vai ser pra sempre a sensação de alivio que o "esquecimento" deixa...

Mas a solidão as vezes é uma ótima conselheira...

A solidão é uma opção...

É triste, fria...cinza...

A solidão deixa você livre pra sentir...pensar...chorar...

E permite que você se encontre...

TPM

O que a ciência diz: "A tensão pré-menstrual (conhecida pela sigla TPM) é uma síndrome que atinge as mulheres e que ocorre, em maior ou menor grau, nos dias que antecedem a menstruação. Ela se caracteriza por uma irritabilidade e ansiedade mais acentuadas, bem como manifestações físicas." (wikipédia)

O que todo mundo pensa e não diz: "TPM (Tortura Pros Mocassetun, do grego σχιζοφρενία “Apurrinhar”; σχίζειν, "Muito", e φρήν, "o Saco") é uma doença mental grave que se carateriza classicamente por uma colecção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações, delírios e embotamento emocional com perda de contacto com a realidade, podendo ocasionar uma destruição em massa,chatura em massa,uma vontade intensa de matar mil.

São dias incertos. Que você pode acordar bem, e terminar em uma enorme devastação.

Um estado de vulnerabilidade constante. A que? Não se sabe ao certo.

Pode ser ao vento, ao namorado, a família, ao emprego... a amiga. A questão é que acontece sem avisar, sem esperar, sem perceber.

Só depois você percebe que todas aquelas lágrimas no final daquele filme, ou toda aquela agressividade com as pessoas, e até mesmo aquelas raivas tinham um motivo em comum: TPM.

Um dia pode-se pensar em controlá-la. Mas isso não existe. Não há remédio que a impeça de chegar. Ou até mesmo sua força de vontade, seu pensamento positivo, sua atenção dobrada.

Ela vai chegar!

Os hormônios dominam seu corpo e tudo que pode fazer é nada!

Ou uma segunda opção: torcer para que passe logo.

Sem restrições, a mulher se sente frágil, incapaz, feroz, sentimental e passional mais que todos os outros dias do mês. São sensações desagradáveis e estados de humor intoleráveis. São constragimentos, tristezas, lágrimas. Agressividade. Idas e vindas de bom humor. Tédio. Pensamentos hostis. Vontade de morrer.

Todos em algum momento já reclamou dessa tal de TPM. Mas talvez nunca tenha parado pra pensar que  as mulheres são as que mais sofrem com tudo isso. Essas oscilações de humor desagradam muito mais a nós mesmas que a qualquer outra pessoa. 

Não é uma opção. Não é uma escolha. Não é uma fuga. E muito menos: não é uma desculpa!

É realidade.

E ali está outra mulher. Estão outras pessoas.

Altereda por quimicas do seu próprio organismo. Que o tomaram sem pedir licença ou permissão.

Só acontece.

Sem mais nem menos.

Não escolhe loiras ou morenas. Ruivas ou amarelas. São, absolutamente, todas.

Todas com os mesmos sintomas. Todas com as mesmas queixas. Todas com o mesmo destino que durante alguns dias se tornam outras. Outras que não gostariam de ser. Outras que ninguém controla, nem elas mesmas. Outras vulneráveis.

Outras dominadas.

Em análise.

Seria uma tragédia se não fosse cômico.
Ela senta e fica parada olhando pra você. Com apenas uma alavra nos lábios: "Então..."

E fica esperando que você complete tal frase com toda sua vida.

E fico pensando... "minha vida não cabe em uma só frase..."

Mas nada falo sobre isso. O que conto são problemas que silencio durante toda a semana. E só dou voz lá...naquela sala fria, cheia de sons e vozes... cheia da minha voz.

Até que chorei!
Por ser uma menina má, talvez...
Uma menina que nem sempre é boa quanto queria ser...
Que na verdade não é perfeita...
Mas isso ela já disse: "Não seja Pollyanna", foi o que ela falou. Séria e mandona!

Ela nem se envolve. Nem se emcoiona...
Não se importa com sua vida.
Ela apenas ouve.
E dá lugar às suas palavras.
As vezes é até bom essa distancia... Outras vezes não!

Então...
"O que é maldade pra você?
Como é ser mau?
O que você faz pra ser tão mau assim?"

Preciso responder.

Algum dia...

Mas eu iria lá de qualquer jeito..
Precisava ver com meus próprios olhos. Precisava ser vista também. E tentar mostrar minha revolta.
Eu tinha que ir lá.


Mesmo me arriscando...mesmo sentindo que era uma loucura sem tamanho.
Num cidade violenta. Escura. Fria.
Mesmo assim...eu tinha que ir!


Fui pensando como sentia raiva.
Pensando o que faria.
Senti vontade de desisitir no meio caminho.
Mas era tarde!


E eu sabia que isso teria que ser feito.
Por que não dormiria, não comeria, não viveria com essa angustia.


Minha estrutura pede isso de mim.
Eu não sei bem explicar...mas ela cobra isso.
E eu tive que fazer...


Eu tive que ir lá...
Mesmo pra ver o escuro...ver o vazio...ver o nada!


Mas eu vi.
E agora posso dormir bem, comer bem, viver bem.

S¹...

É apenas uma palavra...

Uma simples...mera e camuflada palavra. Poderia ser bem mais simples...poderia ser em vão. Se não fosse um erro.

Um simples resto.

Esse resto que acompanha por toda a vida, que fica presente em tudo que se é feito. É por esse resto, por causa de um trabalho mau feito que se pode chegar a essa palavra.

Mas a que custo?

Uma vida, talvez...

Esse seria um custo dessa palavra.

Melhor seria se todos estivessem fadados a alienação. Uma ilusão, precária fantasia. Pura criação de seres prematuros.

Mas a palavra agora pode ser descoberta, desvelada...

Após negativas e tentativas de fuga, é a ela que chegamos algum dia. Por própria escolha de sofrer. Ou de se libertar.

Não existe uma explicação simples para tal fenômeno. Infelizmente não nos deixaram respostas ou meios de desvios que poderiam evitar tal sina.

Estamos predestinados a ISSO.

 Sem meios termos, sem piedade. Não existe mediação ou remediação.  O que sobra ao homem corajoso é o anseio por saberes...que nada vai se saber, na verdade.

Apenas uma palavra.

Uma palavra explica tudo.

Uma palavra salva o mundo.

Uma palavra.

Me sinto feliz...

As vezes estamos impregnados de expectativas...

que na verdade são prisões que não nos deixam viver de verdade!

É como uma fortaleza...cheia de ouro.

mas que infelizmente tá escura...cheia de armadilhas... que nos fazem recuar... e não nos deixam chegar à luz!

Somos então engolidos por sonhos, planos, desejos...

e mais uma vez esquecemos que o nosso tesouro pode ser bem maior...e bem mais valioso que o que almejamos...

É por essas e outras que a vida é traiçoeira...

é escorregadia... e na maioria das vezes um poço fundo que nos engole.

As pequenas coisas...que temos todos os dias... que insistimos em esquecer...

que preferimos fazer calar e sofrer...até a ultima gota...

São essas coisinhas... que de vãs nada tem... que faz o amor nascer...

que faz reviver a alma...

que se faz luz...

a luz mais forte e mais brilhante que alguém já viu!

Assim...

depois te tanto quebrar a cara com anseios e dúvidas,

decidimos...

sem mais nada na bagagem...

sermos felizes...

nos deixar amar...

e amar verdadeiramente

incondicionalmente...

Cegamente...

essa, realmente, é a melhor forma de se amar!

E então...

o ouro dos outros vai parecer sem valor...

se tornará "ouro de tolos" da noite para o dia...

E descobrimos que o verdadeiro ouro...a verdadeira riqueza...

é a que tinhamos conosco desde sempre...

Àquela mesma que, por alguns instantes, não conseguimos ver o seu valor...

a mesma que por algum tempo fomos ofuscados por tanto brilho...e por tanta simplicidade!

É isso:

nos detenhamos a coisas simples!

Isso é o que todo mundo fala...mas só vai fazer sentido quando um dia for sentido dentro de cada um

Sabe-se então que a vida é isso...

uma ventania que não cessa...

uma roda gigante que faz balamarismos constantes.

Uma eterna viagem...sem rumo...

com algumas paradas...

e várias curvas que nos mudam de destino...

Poder encontrar respostas...

poder dar respostas...

que não desagradassem ninguem...que fizessem todas as partes felizes..inclusive a minha parte...

Era só isso que me faria feliz hoje...

Não existe mais palavras de conforto ou algum meio que me faça esquecer...

não!

nada mais...

Só pensamentos...vontades...

nada mais...

até porque não se pode ter tudo...

Não era nada disso que queria dizer...mas as palavras simplesmente não saem...Acho que na verdade não tenho coragem pra dizer o que realmente sinto...o que realmente penso...

Queria eu mesma poder acabar com esse sofrimento desenfreado... Porque quando riu não tem mais verdade...quando danço não me sinto mais feliz...quando como já não me conforto...

Queria poder dizer "basta" ou ir pra longe onde ninguém me conhecesse...e eu não tivesse mais que dar respostas ou fazer algo como decidir minha vida...

Queria quem sabe morar na lua... que muda de fases, quem sabe de pessoas...quem sabe de vida.

Quinta-feira > 07.01.2010

Chega a ser uma falta de ar...
É...o folego chega mesmo a faltar....e é preciso aquele esforço pra conseguir voltar a viver...
A tal da ansiedade...misturada com uma pontinha de sensação de descaso...
e pior...um vazio, pela escolh mal feita...pelo caminho tomado...

Erramos sempre...ou quase sempre...
Mas quando uma coisa grandiosa está em nossas mãos...não há mais como recuar...É esse o sentimento que me toma..."É tarde demais"
Dar a cara pra bater...e aguentar. Como um homem numa guerra que vê seu irmão morrer...ou como um paciente que tira um dente sentindo cada puxão!
Me sinto esvaindo nessa sensação de desamparo...de queda...de temor...
E espero, sim! Até porque não sei o que me espera...
E o que posso fazer é só isso: ESPERAR...

Bom ou mal...aí vem a decisão...
aí vem a hora da verdade...

Hoje o dia foi um dos piores de todos os tempos...
e esse sentimento que hoje me toma...não é sozinho ou desnorteado...
Ele vem de antes...de ontem talvez...do começo de tudo isso...não se sabe ao certo!

E mais uma promessa se é desfeita...
Sim...aquele desejo acompanhado de uma promessa de "não sofrer mais" não acontece mais uma vez...
Espero, eu, que dessa vez seja diferente ao menos o seu final...
E se tenha, de fato, um fim.

Agora que as horas já não passam mais...
que o dia se torna interminável...
É nessa hora que desejo não viver mais...pra não ter que decidir mais uma vez...pra não ter que dar mais esse passo...sozinha...

Não existe mais lealdade...
O que sobra desse dia infidável são só desilusões e tristeza...
E uma dor no peito que não me deixa respirar bem...comer bem...dormir bem...
que não me deixa VIVER BEM.

Sozinha...

incompreendida....

e fiel...aos que estão ao redor...
(que ironia)

Ainda assim...sozinha...

Quando um dia...

Qaundo um dia eu morrer...
não será por doença ou acidente, nem mesmo por assassinato ou desastre natural...
Talvez eu só esteja cansada de ser a última...de não ser a escolhida...de nunca ter sorte...
Qualquer pessoa pode nunca ter acertado na loteria...mas dificilmente você é esolhido pra ser dono de uma má sorte natural...
Não ter mais vaga...ser a última da fila...é normal algumas vezes...
Mas quando isso começa a ser sempre... parece que algo está errado...
Àquela roupa que você tanto quer, sempre acabou de ser vendida...
As pessoas dizem que você não é mais a mesma...
Mas chega um dia que você se cansa...
se cansa de ser sempre a ultima...e mesmo fazendo tudo certinho... nunca recebe a tão sonhada "recompensa"...
Daí...você toma coragem e decide parar de viver...


É bem mais fácil...do que continuar sendo a ultima...
sendo a coitadinha...
sendo a desprovida de alguma coisa...


E essa dor, que não é um cancer ou um infarto...ou um tiro... dói bem mais que qualquer outra coisa...
e quem sabe é um cancer que atingiu todos os orgãos...
ou um tiro que acertou o coração...