domingo, 12 de maio de 2013

Queria eu não ser daqui, ou fugir de novo, por mais cinco anos, não sei. Um tempo suficiente pra me sentir forte de novo, ou pra encontrar soluções pra essa bagunça, sem nome, causa ou razão.
Queria poder fechar os olhos, a porta do quarto, esquecer, não me importar. Como eu queria silenciar e não ver nem ouvir mais nada... nem saber mais de nada!
Como eu queria estar bem longe... longe disso tudo, longe de mim, longe dos meus com problemas, longe dos meus problemas.
Isso tudo por não poder ajudar. Isso tudo por não poder fazer nada. Sensação de incapacidade, de inutilidade.
Queria ser um qualquer aqui e não ouvir as lamentações de ninguém. Não quero ser a que escuta, a que acolhe, a que entende, a que sabe, que compreende.
 É um fardo muito pesado pra quem nada pode fazer.

Quem me escuta? Quem me entende? Quem me compreende? Quem me acalenta?
Foi embora...

sábado, 27 de abril de 2013

Acho que sempre vou sentir saudades suas.
Fechar os olhos e lembrar nitidamente do som da sua risada e de como você perdia as forças com cócegas.
Lembrar do cheiro bom da sua boca e pensar que nunca vou conseguir fazer aquele perfume que tanto prometia, pra ficar sempre inebriada com o seu gosto... Lembrar de como você ficava bobo com meu jeito de rir fácil e de como você lembrava de como eu queria a comida. Eu nunca vou esquecer o seu jeito protetor, que ficava com raiva de todos que tentavam me fazer algum mal... ou simplesmente por pensar que eu estava sendo enganada. Nunca vou esquecer das palavras doces das promessas que a gente se deliciava esperando o futuro, contando os anos, dias... e fazendo planos pra um futuro que seria nosso, juntos. Nunca vou poder esquecer do jeito que você saia do banheiro de toalha e corria pra o quarto, meio com vergonha e fazendo gracinha e como se apressava pra que eu não ficasse muito tempo esperando na sala... Não vou poder esquecer do seu cheiro. Não do perfume que você usava, mas do cheiro que era seu, qualquer hora do dia, sempre. Não vou poder esquecer dos dias que quis ficar e você me fez ir embora, nem dos dias que quis ir embora e você me fez ficar, me tomando nos seus braços e me prendendo. Não vou esquecer das chaves do seu apartamento e nem do jeito que você sempre me dizia a senha do alarme e brigava comigo, rindo, por eu nunca lembrar dela. Eu nunca vou esquecer de você naquela janela, me esperando ou me vendo ir embora. Da sua cara de menino mau, fingindo que não tá nem aí, querendo rir...


EU NÃO QUERO MAIS LEMBRAR!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Aqueles dias...

Aqueles dias em que você não quer nada mais nada menos que encontrar um buraco e enterrar a cabeça nele e só sair de lá quando as coisas se resolverem. Não por vergonha, nem por medo... mas por não ter mais forças (ou achar não ter) de fazer mais nada. Esses dias em que seus planos não dão certo. Sua auto-estima está péssima e você quer chorar, chorar muito, mas as lágrimas se cristalizaram, esperando a hora de sair... mas você não deixou. Aqueles dias que você se dá conta do quão minimo fez, quando você achava que tinha feito o bastante, ou pelo menos o suficiente. Aqueles dias em que você precisa ligar pra alguém pra contar as mazelas da vida ou conversar e saber que é querida e não encontra esse alguém na sua lista telefônica. Aqueles dias que você só quer colo, sem carinhos. Só colo. E ficar ali, parada, quieta, até o mundo se reorganizar... Aqueles dias que você sonha com um super herói ou heroína, que solucione tudo com seus super poderes. Ou até mesmo um mágico que com algum truque faça sumir toda dor, angústia e sensação de inutilidade. Aqueles dias que você se sente a pior pessoa, a mais burra, mais ingênua e mais azarada do mundo. Aqueles dias que você não é mais ninguém, nem ocupa mais nenhum lugar ou papel na sociedade. Aqueles dias de descobertas que as escolhas foram erradas. Aqueles dias que você se descobre só mais uma vez e precisa sorrir e dizer que "está tudo bem". Aqueles dias que você finge, pra não mostrar fraqueza a mais ninguém... Aqueles dias que são de morte, quando deveriam de vida. Aqueles dias em que você não acredita mais em nada, nem em você, nem universo...nada. Aqueles dias...de perdas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Eu me desligo, saio, experimento.
Vejo pessoas, rio, me desconcentro...
As portas e janelas escancaradas às novas possibilidades.
Mas, quando volto ao meu ninho é por você que suspiro de saudade...
...e espero por visitas suas em sonho.
Ainda."

sábado, 16 de fevereiro de 2013

As ideias simplesmente não surgem mais.
Está tudo tão confuso e ao mesmo tão parado que inspiração não é mais uma coisa palpável.

Venho pensando muito sobre um pedido feito há algum tempo atrás, meio desonesto comigo e um tanto perigoso. Desejei ficar sozinha: de amigos, pessoas próximas, chegados. De todos.
O engraçado é que quanto mais pedia, mais não conseguia ficar sozinha e mais eu desejava.
Logo eu não sabia o preço que era ficar sozinha. Eu nunca tinha pago algo tão caro na vida.

Mas como diz aquela sábia frase que alguém já disse por aí "cuidado com o que deseja". Talvez pela certeza que mais cedo ou mais tarde, esses, os desejos, vão se tornar, enfim, concretos.

Quando deito a cabeça no travesseiro todas as noites (todas mesmo), consigo lembrar que isso era só o que queria. Consigo recordar minha fala para a analista: "queria muito ficar sozinha pra saber de verdade como me sinto". Nessa época, meio que me sentia sufocada com tantos amigos, namorado, família, com tantas companhias... nunca estava sozinha. Eu não sabia ficar sozinha...
O que de fato, faltou se pensar foi que ficar sozinha não é o mesmo que solidão.
Solidão é coisa séria. Desconsertante. Vilã.
Ela machuca e entorpece a gente de uma forma que ficamos sem força para querer sair dela.
A solidão é tão perturbadora, enlouquecedora.

Hoje, olhando para trás, vejo o que fiz para estar onde estou. As pessoas que expulsei, os amores que perdi, as portas que fechei e as palavras que não disse.
Isso me custou uma vida inteira de conquistas. Isso... me roubou a alegria.
Eu não sei bem quem sou, o que sou e o que desejo. Não sei mais.
Nada mais é claro.

Foi ligado o modo automático. Incrivelmente eu encontrei uma maneira de passar pela vida como expectadora.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Um "viva" para as efemeridades da vida..."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aqueles dias em que você lembra que a vida não está assim tão boa...
que você não está fazendo o que queria fazer...
Não está onde queria...
(...)
Aqueles dias cinzas...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Ainda não posso ouvir algumas músicas. E ainda tem noites que não consigo dormir sufocada com a idéia de que não vou mais encontrar outro alguém. Ainda não entendi muito bem essa coisa de amor e a devastação me venceu. Também não me conformei. Às vezes ainda acho que esse “revés” da vida vai passar e me apontar uma sorte grande. Isso quando penso que minha vida está uma porcaria e só voltando ao passado pra respirar feliz de novo.
Acontece que não me escondo mais. E melhor: posso falar disso sem um nó na garganta em que minhas palavras esbarravam e insistiam em não querer sair. Bom mesmo é poder falar, falar e falar mais sobre isso sem tristeza no rosto ou lágrima nos olhos. E poder dizer o quanto cada um foi responsável por isso tudo. Claro que isso não seria possível sem uma boa dose de análise...
Não estou mais forte. Nem tirei muitas lições de toda essa história. Não sai ilesa. E nem tenho cicatrizes que vão me fazer lembrar por toda a vida do quanto sofri. Não! Esse clichê de que toda história ruim pode ser tirada uma lição ou de que pode se aprender algo com as perdas e decepções não me engana mais. Bom mesmo seria se tudo fosse perfeito e pleno. Bom mesmo seria se pudéssemos consertar os erros. Bom mesmo seria se não houvesse final para as histórias de amor. Isso mesmo. Ainda não perdoei a vida, nem a mim, nem as pessoas que me ajudaram a passar por essa “aprendizagem”.
Mas escolhi continuar! Apesar de tudo, seguir. Não sei onde isso vai dar, ou se vai dar em algum lugar. Não estou apostando em vidências ou leituras de mãos. Não quero saber o que me espera no futuro nem se será um ano difícil ou nebuloso. Estou passando longe de mapa astral ou horóscopo. Quero surpresas! Nada de planos (com exceção do carnaval), nada de agendas, itinerários ou premonições. Quem maior que Deus! E só!
Um dia de cada vez... ainda tenho 362... 
Feliz 2013!