Naquela noite, que
deveria ter sido aula e depois batata frita e cama, eu me deparei olhando as
pessoas passarem por mim. Eu meio que com o olhar curioso pra o mundo, agora de
novo vasto, largo...grande demais pra mim. Me senti meio perdida. Me senti fora
do ar por alguns instantes... sozinha. E o pior de tudo. Me senti velha demais
para estar ali. Me senti fora do meu universo. Peguei o celular em algum
momento daquela noite e vi a hora. Ainda era cedo e eu não precisava chegar
cedo em casa pra fazer uma ligação. E me perguntei como era a sensação de estar
livre... você gosta? Pensei... (Eu nunca gostei na verdade) Você prefere estar
só e não ter pra quem mandar um sms comentando da noite fria...ou da noite
quente... ou do garçom engraçado?... Pensei que muitas vezes eu quis estar
fora. Mas só quis. E na verdade o que eu mais queria era voltar pra casa. O que
eu mais queria era voltar e carregar o telefone de palavras, palavrões...
sensações e saudades. E dizer “Volta. Custa tanto? Dói tanto assim?"... E resolvi
me calar de novo. “Não adianta mais querida”. É o que eu escuto antes de
dormir... todas as noites.
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