quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Entre outras perguntas que me fizeram quando cheguei à outra cidade foi se tinha namorado. Até aí achei normal...as pessoas se conhecem fazendo perguntas da vida uma das outras. O estranho veio depois. Por não ter sido apenas uma ou duas...e sim várias. O comentário soou mais que estranho... Disseram que meu namoro acabaria pela distancia. Era só uma questão de tempo. Respondi que não acreditava nisso e que achava sim, que as coisas poderiam dar certo mesmo à distancia. Disse que estaria fora dessa estatística sem fundamento. Pensei comigo que venceria esse tipo de maldição. Afinal de contas...anos não são só meses... e eu te amava. Não era uma paquera ou uma paixão. Eu tinha escolhido o pai dos meus filhos.
Mas aconteceu que as coisas não foram bem como eu sonhei. O namoro acabou. Ele não acabou simplesmente. Eu acabei com ele. É, pode acreditar...é muito louco isso... estranho, absurdo...
Eu que te amava, te deixei. Eu que te amava te expulsei da minha vida. Eu... coloquei um ponto final na história da minha vida. Agora não adianta mais. Diferente das dezenas de vezes que fiz essa mesma coisa, eu não tive uma nova chance. Eu não pude consertar. Ninguém mais acreditaria que eu mudei...nem você.
E agora eu fico com a saudade, com o vazio de te perder. Eu fico com o desprezo até de mim mesma...por ter errado tão feio.
Mas, pior do que tudo isso...pior que as noites pensando em você...pior que os dias tristes...pior que a saudade dos beijos e das conversas... pior que as lembranças e recordações... pior que a falta que eu sinto e a dor física de não te pertencer mais...  pior que tudo isso é saber que o que você sente agora é um misto de pena e responsabilidade pelo que to sentindo. Porque ainda não me curei. Porque tá mais difícil... e porque dessa vez eu realmente vi que um dia eu iria te perder. E perdi.
A duras penas eu cresci. Agora tenho 23 anos não só no registro...na cabeça. Envelheci quatro anos. Os sonhos, todos pelas janelas... os planos amassados no lixo. E você...longe de mim.

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