Depois de um tempo, sem
você, comecei a pensar nas possíveis razões pra o “não quero mais tentar”.
Pensei, em um dia cansado, que poderia ser meu chulé e ri pensando quão tola eu
estava sendo, claro que não era meu chulé... podia até ser meu pé áspero, mas
meu chulé não... Depois pensei que poderia ser minhas loucas, engraçadas e
desgastantes crises histéricas, mas também pensei na sua neurose e me acalmei
quando entendi que somos, na verdade, peças de quebra-cabeças e que temos
nossas peças encaixáveis. Não parava de pensar procurando essas razões. Percebi
que poderia ser tudo, ou só algumas coisas... ou nada disso. Me assustei quando
passou pela minha cabeça que você simplesmente poderia não me amar mais. É isso
faz muito sentido. Você não me amar era a resposta pra todas as perguntas que
não tinham resposta. E doeu tanto. Foi tão penoso saber que perdi seu amor. Foi
tão dolorido saber que por não me amar mais não pensava mais em mim, não me
queria mais perto, não sentia mais saudade. Tive pena de mim. E pensei que os
amores não deveriam ser assim. Por que começar se vai acabar? E por que se
chama amor se não é eterno?
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