quarta-feira, 30 de maio de 2012

Porque de tanto ter sido meu, agora é meu de fato.

As vezes eu tenho a impressão de que só vou poder ir em frente quando não tiver mais nada de você em mim... não presentes ou lembranças. São traços, manias. Gestos... que ficaram meus.
Então penso por onde começar a retirar as cascas e os pedaços dessa feriada, que muito dolorida ainda, tenta sarar com o tempo.
Sei que só me despindo de tudo... só ficando na pele. Retirando tudo.
Porque de tanto ter sido meu, agora é meu de fato.
As músicas, as fotos... as palavras. Tudo tem que ser jogado fora.
Talvez até um pouco de mim, ou muito. Porque não sei mais o que era seu e que agora é meu. Nos tornamos um só, mesmo na impossibilidade e na incompletude. Mesmo com os defeitos e transtornos que isso podia causar -  e causou.
Mesmo nas diferenças que nos "equilibrava", existia um ponto em comum. O que a gente sentia era mais forte do que qualquer impasse. Eu cedia. Você cedia. E a gente se encontrava.

Hoje, de tanto viver você, não sei mais como era antes.
Não sei mais o que ouvir pra não lembrar.
Eu tento fugir das lembranças e sonhos, mas "tudo faz lembrar você".


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