Estou naqueles dias do
mês. Esses dias difíceis em que pensar em você deixa de ser opção ou querer e
passa a ser essência de mim. Passa a ser necessidade como respirar ou comer.
Esses dias que não são
rápidos. Esses dias que não adiantam fazer outra coisa, que é preciso deixar
passar. E eu deixo passar. Deixo porque, além de não poder evitar, esses dias
são os momentos em que eu não preciso fingir, em que eu não preciso forçar
sorrisos e piadas pra provar (literalmente) que estou bem sem você. Provar pra
mim, provar pra pessoas que você não faz mais parte da minha vida.
E nesses dias eu e
permito ficar triste, me permito chorar de novo... me permito olhar fotos e
reler coisas. Não que isso seja bom pra mim ou me faça bem. Eu sei que não. Sei
que nada disso me faz distanciar de você ou esquecer você (que era o que eu precisava
fazer), mas isso é um tipo de coisa que, eu acho, não tenho muito o que
fazer.
Daí conto pra algumas
(poucas) pessoas como estou me sentindo e questiono muito, cansada de me tanto
me perguntar e não ter essas respostas, o por que de estar me sentido assim, na
verdade o por que de sempre em algum momento do meu mês eu me sentir assim.
Claro que não tenho respostas. Ou pelo menos nada do que eu quisesse ouvir. Eu queria
esquecer. Eu queria não pensar mais. Eu queria ter paciência e esperar o tempo
passar. Eu não queria passar por isso. Isso não é bem escolha minha. É minha
escolha sim porque eu não quero “virar a página”, eu não quero ter outra
página. As minhas já estão escritas. Bem ou mal, com começo-meio-fim.
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