sábado, 14 de abril de 2012

Quanta estupidez.

Nem sei por onde começar. Esse é um assunto do tipo que ninguém quer falar, ou sequer se sente à vontade para tanto... Mas, como tudo na vida, as vezes é preciso dizer...mesmo sem querer falar. Eu precisei falar sobre isso. E Deus sabe o quanto foi difícil e o quanto foi constrangedor descobrir a verdade dos fatos. Até por que isso significava que eu tinha sido mesmo culpada por tudo. Tudo isso e mais um pouco. E paguei caro por isso. Foi um dos valores mais altos em todo esse processo de análise. Sempre me perguntei do que valia sofrer tanto e ainda pagar por isso. Entendo, racionalmente, que é por uma vida mais tranquila...pelo menos pra um inconsciente mais tranquilo. Por acreditar nisso, nunca abandonei. E resisti. E continuei.
Dessa vez, soube a verdade de tudo.
Descobri que os detalhes fazem mesmo muita diferença. E eu precisava falar sobre isso que não importava. Sobre isso que era pequeno. E falei, mesmo sem querer. Com toda a resistência que havia em mim, mesmo assim eu toquei naquele assunto. E fui mais fundo dessa vez, e não parei de falar.
Não foi como contar uma história. Foi mais para uma série de descobertas e insights de uma só vez. Sem dó nem piedade. Roubou de mim esperanças, devaneios...sonhos. Me trouxe pra realidade mais dura. Para a minha realidade. Aquela bobagem, que sempre foi tratada como superficial, na verdade era o elefante que estava dormindo do meu lado...que me acompanhava nos meus dias e noites, e que esteve presente em toda a nossa relação.
E de repente muita coisa fez sentido. E de repente eu deduzi que as coisas já vinham acontecendo há muito tempo. Eu, subitamente, vi que estava sabotando o meu amor e acabando com um pouquinho dele todos os dias. Eu estava roubando de mim o direito de ser feliz. E me perguntava quem estava fazendo isso com nós dois. E parecia mais fácil culpar o tempo, os estudos, a família, a minha família...era mais fácil culpar você.

A verdade de tudo é que eu estava roubando o seu direito de ser homem. Eu estava sacaneando minha felicidade e iludindo todo mundo quanto a minha maturidade. Eu estava burlando todas a "leis" de relacionamento e tentando criar uma nova classe, que na minha cabeça era muito mais sensata, divertida, sincera e romântica.
Eu descobri que essa "nova classe" já existia. E não era nada tão distante. Talvez uma das primeiras relações que o ser humano tem ao longo da sua vida. A amizade. Eu criei um novo conceito para a palavra "amigo". E essa nomenclatura, que é tão antiga quanto tantas outras questões, não estava entre os meus significantes, ainda. Até você falar e me tocar com isso. E eu nunca soube distinguir uma coisa da outra.
Por isso tanto roubo de mim mesma. Por isso tanta confusão, abstinência...

Por isso tanta estupidez.

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