Então essa empresa falida está mesmo
prestes a fechar suas portas de vez. Não como das inúmeras vezes que isso foi
prometido. Na verdade, isso já estava condenando há muito tempo. E todos já
sabiam como essa história iria acabar. Menos eu, claro! Fui cega, omissa,
inconsequente e louca. Se não for redundante essas palavras, deveria, só assim
diria o quanto de verdade elas tem. Esperei, ou não, pacientemente por esse
dia. Ouvir de você a frase “eu te AMEI muito” foi essencial. Partiu meu
coração, mas foi muito importante. Quando você me disse “vou transar e namorar”
não foi a mesma coisa. Nessa espera, em que pensei em você todos os dias... em
que meus sonhos eram você todas as noites. E os meus planos se restringiram a não
conseguir ser mais nada já que não seria sua. Foi um fiasco. Todo esse tempo me
dando pela metade... ou simplesmente não me dando. Foi um fiasco, não um erro.
Eu planejei essa história. Eu quis esse machucado. Eu quis essa dor... e agora
eu quero LIBERDADE. Posso dizer sem parar de como foi fácil te amar por tanto
tempo e mal posso pensar em como as coisas estavam iguais e ao mesmo tempo tão
alheias. Ser usada. Ser submissa. Ser passiva. E ver você lindo. Foi isso o
nosso último encontro. Que dessa vez teve planos e promessas. Essas, de não me
procurar mais. Só assim, olhando nos seus olhos, falando que te amava e que não
queria mais receber nenhuma ligação ou mensagem sua... só com essa coragem
vinda de algum lugar que ainda não sei de onde, é que posso dizer que acabei de
começar a virar essa página. É como um vicio. Eu nunca vou poder dizer que
deixei de te amar. Nem que encerrei essa história. Só vou dizer que estou
seguindo em frente, que estou virando essa página, que estou deixando de te
amar. Como qualquer outro vicio, preciso me policiar, me guardar e me proteger,
dessa droga que você se tornou pra mim.