segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Eu me desligo, saio, experimento.
Vejo pessoas, rio, me desconcentro...
As portas e janelas escancaradas às novas possibilidades.
Mas, quando volto ao meu ninho é por você que suspiro de saudade...
...e espero por visitas suas em sonho.
Ainda."

sábado, 16 de fevereiro de 2013

As ideias simplesmente não surgem mais.
Está tudo tão confuso e ao mesmo tão parado que inspiração não é mais uma coisa palpável.

Venho pensando muito sobre um pedido feito há algum tempo atrás, meio desonesto comigo e um tanto perigoso. Desejei ficar sozinha: de amigos, pessoas próximas, chegados. De todos.
O engraçado é que quanto mais pedia, mais não conseguia ficar sozinha e mais eu desejava.
Logo eu não sabia o preço que era ficar sozinha. Eu nunca tinha pago algo tão caro na vida.

Mas como diz aquela sábia frase que alguém já disse por aí "cuidado com o que deseja". Talvez pela certeza que mais cedo ou mais tarde, esses, os desejos, vão se tornar, enfim, concretos.

Quando deito a cabeça no travesseiro todas as noites (todas mesmo), consigo lembrar que isso era só o que queria. Consigo recordar minha fala para a analista: "queria muito ficar sozinha pra saber de verdade como me sinto". Nessa época, meio que me sentia sufocada com tantos amigos, namorado, família, com tantas companhias... nunca estava sozinha. Eu não sabia ficar sozinha...
O que de fato, faltou se pensar foi que ficar sozinha não é o mesmo que solidão.
Solidão é coisa séria. Desconsertante. Vilã.
Ela machuca e entorpece a gente de uma forma que ficamos sem força para querer sair dela.
A solidão é tão perturbadora, enlouquecedora.

Hoje, olhando para trás, vejo o que fiz para estar onde estou. As pessoas que expulsei, os amores que perdi, as portas que fechei e as palavras que não disse.
Isso me custou uma vida inteira de conquistas. Isso... me roubou a alegria.
Eu não sei bem quem sou, o que sou e o que desejo. Não sei mais.
Nada mais é claro.

Foi ligado o modo automático. Incrivelmente eu encontrei uma maneira de passar pela vida como expectadora.