segunda-feira, 18 de junho de 2012

Já conheci tanta gente...gostei de alguns garotos.
Mas depois de você...os outros são os outros...
Ninguém pode acreditar na gente separado.
Eu tenho mil amigos, mas você foi o meu melhor namorado.
Procuro evitar comparações entre flores e declarações...
Eu tento te esquecer.
A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua.
Quem pode entender?

Depois de você os outros são os outros e só!

São tantas noites em restaurantes,
Amores sem ciumes.
Eu sei bem mais do que antes sobre mãos, bocas e perfumes.
Não consigo achar normal meninas do seu lado.
Eu sei que não merecem mais que um cinema do meu melhor namorado...

Depois de você...os outros são os outros.
E só!

Os Outros - Leoni

sábado, 9 de junho de 2012

A sensação que tenho é que vou explodir se não falar.
Ou enlouquecer.

É por isso que escrevo.
Hoje eu não quis voltar pra casa.
Foi um dia cheio de sensações arrasadoras. Contive minhas palavras, minhas lágrimas...contive minha liberdade.
E vi o quanto fui tola. O quanto fui ingênua e o quanto fui omissa.
Precisamos fazer escolhas. E escolhas sérias. Depois o tempo não volta mais. E ficamos a ver navios ou a nos martirizar pensando o que poderia ter sido e não foi.
Sinceramente: sinto inveja dela. Por ser tão independente, pelo menos subjetivamente. Por não ter medo de dizer te amo. Por não ter medo de trocar pessoas e lugares. Por não ter medo de escolher. Tenho inveja por não ter percebido antes. Tenho inveja por ter sido fraca e ter cedido. Eu tenho inveja sim...por ser diferente e por ser omissa.
Eu dava o que tinha. Mas eu sei que poderia ter dado mais...
Sofro mais por estar entalado na minha garganta tudo aquilo que eu queria dizer. Por querer jogar a culpa nas pessoas. Por querer gritar e espernear até cansar... Mas pra que? Isso não me valeria de nada...
Agora não vale mais a pena gritar, brigar... não existe mais por que sentir inveja de algo que nunca pude ser.
Mas eu nem queria ser...eu nem sabia que isso era possível.

E vendo um sonho realizado. Vendo uma vida a dois que se constituiu pelo amor, me questiono mais uma vez se isso talvez seja possível.
E é nessa hora que quero ficar parada lá fora, olhando as estrelas...procurando algum acalento...minimo que seja, pra essa devastação que estou sentindo.
Porque isso um dia há de passar, não é? Não é?

Isso já não tem mais nada a ver com você. Isso agora tem a ver só comigo.
Eu preciso entender que não se consegue viver nessa desorganização pra sempre.

O sentimento que tenho hoje é raiva de você. Por não ser claro. Por ter levado embora com você meus sonhos e esperanças. Por ter levado meus sorrisos sinceros. Por ter levado minha segurança. Por ter levado meu amor. Por me abandonar. Por não poder ouvir minha voz. Por não poder nem olhar nos meus olhos. Sinto raiva por não me amar mais.

Eu preciso que me diga só uma frase.
São quatro palavras que podem mudar minha vida.
Eu preciso que você me salve.

Agora.

terça-feira, 5 de junho de 2012


“Mais tarde, fiquei pensando sobre relações e lobotomia parcial...
Duas coisas diferentes e que parecem combinar ...
Como chocolate e creme de amendoim.
Seria muito mais fácil se houvesse uma cirurgia...
Para eliminar as lembranças desagradáveis e os erros...
E deixar somente as viagens legais e as férias especiais.
Mas o que fazer até essa cirurgia aparecer?
Contar com a velha filosofia de perdoar e esquecer?
Será que existe algum que consegue esquecer?”

 - Sex and the city - 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Inacreditavelmente na casa ao lado...

Foi difícil acreditar quando me disseram que você estava na casa vizinha.

Era só uma parede que dividiu você de mim.
Se tudo estivesse combinado e planejado não teria sido tudo tão perfeito.
Me senti de volta ao "caio lêla" quando o que me afastava de você eram só algumas escadas, corredores e portas.
Dessa vez era só uma parede. Poderíamos ter cruzado na calçada...ou na rua... eu poderia ter gritado seu nome e você ouvido do outro lado do muro. Eu poderia ter batido na sua porta por engano...

Foi uma peça que o destino pregou. Ou Santo Antonio querendo me mostrar que as coisas já não estão mais tão boas assim...

Eu não estava te "marcando" nem te seguindo...mas fui parar bem ao seu lado.
Inacreditavelmente na casa ao lado.
Eu não podia ter te visto.
Não era a hora pra mim ainda...Eu não estava pronta...
Eu queria estar bem pra te ver. E agir com maturidade pra falar com você e saber como você está e contar como estou...
Eu sabia que não ia conseguir.
Não suportei nem ao menos olhar pra você. Doeu tanto ter você por perto e não poder nem ao menos te olhar...ou abraçar como qualquer amigo...se cumprimentar...
Doeu tanto querer te beijar e não poder.
Querer sentir seu cheiro de novo...
Como se fosse pra recarregar as forças e passar mais um tempo sem você.
Mas eu vi tanta raiva no seus olhos...tanto desprezo...tanto horror a mim...
Não vi saudade.
Vi vontade de sair dali o mais rápido possível. Eu vi o insuportável.
E me doeu mais ainda...porque eu não estava preparada, nem pra isso nem pra te perder...

Fazia tempo que tinha doído tanto... não quero mais comer, não consigo mais dormir. Não quero mais viver. Tudo igual há uns meses atrás quando tudo terminou.
Eu queria falar sobre isso o tempo todo. Falar, falar, falar..
Sobre você, sobre mim... sobre o quanto somos crianças. Sobre os meus erros. Sobre eu saber que errei. sobre isso não importar mais nada agora...
Queria falar sobre o nosso encontro e como nós perdemos a oportunidade de ter ao menos conversado.
Ainda não conversamos. Não o suficiente.
Essa sensação de coisa inacabada. Eu sinto como se ainda houvesse o que ser dito.
Eu preciso escutar algumas coisas. E você sabe.
Sabe do que preciso saber.
Eu preciso conversar...
Preciso tirar esse peso do meu peito. Como uma operação, arrancar esse nó que não me deixa em paz. E eu não quero ficar em paz, se essa paz significar tirar você dos meus pensamentos... se essa paz significar tirar as lembranças e os sonhos do que poderia ao sei lado e do que nós dois poderíamos construir juntos. Quero paz de sentimentos, saber de verdade com o que ainda posso sonhar e se ainda posso...
Eu queria falar pra você sobre o quanto eu estava enganada e do quanto eu sinto por ter percebido isso tão tarde. Queria dizer que você está certo: eu poderia - deveria - ter visto todas essas coisas enquanto estava com você. Mas não vi...

Agora é bem mais fácil fazer algumas coisas e eu já procurei encontrar o motivo para as coisas estarem diferentes... E uma delas com toda a certeza e verdade de dentro do meu coração, é não ter mais você. A dor de te perder foi tão imensa que abriu meus outros sentidos... hoje eu enxergo que eu não precisava ter sempre que escolher... Eu não preciso porque os amores são diferentes...
Hoje eu percebo que sempre fui omissa. E que dei ouvidos demais pra coisas bobas.
Hoje eu falo mais.
Talvez seja porque agora sou um pouco mais independente... acho que o emprego me deu essa autonomia. Vou menos em casa e posso ter minha própria vontade...sempre pude, mas alguma coisa me impedia...
Talvez você lembre o quanto eu tinha medo de crescer. E ainda tenho... mas essa vida de "gente grande" está me dando liberdade de escolher quem eu quero ser...
É uma pena eu ter perdido tanto tempo para amadurecer.
Mas sabe o que dói mais? É saber onde errei, quantas vezes errei e não poder fazer nada. Não poder tentar consertar. Não poder te mostrar que está diferente...
Porque contar não adianta.




Ainda não deu pra mensurar o tamanho do estrago disso tudo.
Na verdade é tanta coisa que até fica difícil organizar as ideias...
Foi como se eu tivesse dormindo tendo um dos piores pesadelos da minha vida.
Foi de uma sincronia, que de tão perfeita foi cruel, porque eu não tive como escapar dessa armadilha. Armadilha sim, porque parece que foi planejado um final de semana de horrores, que se eu fizesse ideia de alguma coisa teria ficado em casa. Protegida.
Já tava sendo uma aventura só o fato de passar pela sua casa. Várias vezes eu pensei, se eu já estava preparada pra me deparar com todas aquelas lembranças. Mas eu pensava: o que pode me acontecer dentro de um ônibus? Não veria ninguém da sua família. E nem te veria, você estava na minha terra. Eu não tinha com o que me preocupar.  Eu só sofreria por lembranças mesmo. E foi o que aconteceu. Tentei dormir, mas tava tudo muito igual com a outra vez que me aventurei indo até lá. A mesma mala, o mesmo ônibus. O mesmo sol...
Eu iria ficar três dias fora.
Iria conhecer um lugar que queria muito. As coisas estavam indo bem e eu só pensava nas tantas vezes que pensamos em ir lá juntos ou quantas vezes desejei ver um show de Fábio Carneirinho com você, que me apresentou suas músicas. Planos que nunca deram certo, afinal...
Uma cidadezinha linda. Pequena. Com um centro histórico lindo. Eu sempre roubando as histórias dos outros lugares...
Eu estava bem.
Tem lugares que você vai e se sente protegido de algumas lembranças. Esse não era um deles, porque tava tão pertinho do seu canto. Mas nunca passou pela minha cabeça, nem a mais remota das ideias, encontrar você por lá. Acho que se tivesse pensado isso não teria ido. Ou pelo menos tinha me preparado “para o que der e vier”. O que também não aconteceu.
Depois de um dia cansativo, no finalzinho dele, há uma distancia de alguns metros, eu te vi. Pareceu meio surreal, ou alguma visagem, eu realmente estava muito cansada. Te vi de dentro de uma loja, no centro. Mas não tinha certeza se era mesmo você. Ultimamente sempre encontrava gente parecida com você. Com uma camisa do São Paulo, talvez bebendo alguma coisa, não tenho certeza. Olhei primeiro para camisa, depois vi melhor seu corpo... mal vi seu rosto...as coisas se encaixavam. Mas era muita coincidência, meu Deus.
 Me aproximando da vitrine, pra ter certeza (eu precisava ter certeza de que não estava alucinando), vi seu tio, e acho até que me viu também.
Me senti atordoada. Sem chão. Sem ar. Meu coração quase saiu pela boca. E ninguém mais te viu. Chamei outra pessoa, porque eu poderia estar mesmo tendo uma fantasia, mas você sumiu na rua, antes que alguém mais pudesse ter te visto. Então ficou assim, na dúvida. Pra mim não. Eu tinha certeza que era você.

Tive que sentar e pensar o que era que você estava fazendo ali. Então lembrei que a faculdade estava em greve. E que você tem um tio que mora lá. Então eu pensei: o que eu tô fazendo aqui? Por que não pensei nisso antes?
Mas já era tarde demais. Eu já estava ali. Você já estava ali.

Meu próximo passo foi chorar... de desespero mesmo. Eu não queria viver aquilo agora. Eu não queria ter que encontrar com você em uma festa. Eu não me preparei psicologicamente pra isso. Era cedo demais. E eu não podia mais fazer nada. Não podia mais evitar. Eu não tinha mais como controlar isso. Nós estávamos juntos. Naquela cidade...e mais tarde naquele show.
Foi uma difícil decisão, porque eu queria mesmo ficar em casa naquele dia. Não me importava se tinha ido ali pra festa...  Não estava me importando com isso. O fato de poder ver você de novo tava doendo de verdade e meu coração tava apertado. Tudo poderia acontecer. E eu não estava preparada. Mas pensei que nunca vou estar pronta pra isso. Pensei que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Querendo ou não o mundo é muito pequeno e apesar de estarmos tão longe um do outro, o acaso ou o destino (seja lá o que fosse) iria nos colocar no mesmo lugar.
E colocou.