quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Por que se chama amor se não é eterno?


Depois de um tempo, sem você, comecei a pensar nas possíveis razões pra o “não quero mais tentar”. Pensei, em um dia cansado, que poderia ser meu chulé e ri pensando quão tola eu estava sendo, claro que não era meu chulé... podia até ser meu pé áspero, mas meu chulé não... Depois pensei que poderia ser minhas loucas, engraçadas e desgastantes crises histéricas, mas também pensei na sua neurose e me acalmei quando entendi que somos, na verdade, peças de quebra-cabeças e que temos nossas peças encaixáveis. Não parava de pensar procurando essas razões. Percebi que poderia ser tudo, ou só algumas coisas... ou nada disso. Me assustei quando passou pela minha cabeça que você simplesmente poderia não me amar mais. É isso faz muito sentido. Você não me amar era a resposta pra todas as perguntas que não tinham resposta. E doeu tanto. Foi tão penoso saber que perdi seu amor. Foi tão dolorido saber que por não me amar mais não pensava mais em mim, não me queria mais perto, não sentia mais saudade. Tive pena de mim. E pensei que os amores não deveriam ser assim. Por que começar se vai acabar? E por que se chama amor se não é eterno? 

Você disse que eu gostaria do livro. Eu terminei de ler. Você estava certo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Quem sabe um dia, um livro.


Esses dias precisei fazer àquela faxina. Adiei por meses. Mas o dia chegou. O dia de jogar coisas fora. Coisas velhas, em desuso. Coisas que não queria mais. Coisas que nem lembrava porque ainda estavam guardadas. E fui retirando um por um. Documentos, apostilas, diários...folhas soltas escritas em dias nebulosos. Outras folhas soltas escritas em dias felizes. Encontrei cartas que eu nunca entreguei. Encontrei contos, poemas e poesias inventados que eu nem entendia mais. Encontrei segredos que eu não sabia mais.  Foi uma manhã estranha. Cheia de recordações. Foi difícil...muito difícil. Eu estava perdida em meio a tantos papéis, a lembranças...a sentimentos... E eu fiquei fora do ar àquelas horas. Foi um tempo só meu. Revivi cinco anos em uma manhã...
Mas eu já tinha me decidido, antes mesmo de começar. Eu jogaria muita coisa fora. Tiraria as coisas velhas, as coisas que não queria mais ler, ver ou lembrar... Jogaria muitas das folhas soltas que contavam minha história no lixo. E assim o fiz.
Li algumas...lembrei onde estava quando escrevi, o que estava sentindo...outras nem cheguei mesmo a ler. Quase todas foram parar numa pilha de lixo juntamente com etiquetas, canetas, bolsas, cartazes... Joguei fora alguns cadernos que me serviam de diário. Tive vários durante esses anos. Decidi que não queria que ninguém mais lesse minha história...decidi que ninguém mais me leria...nem eu mesma.
Um em especial foi o mais difícil. Um desses cadernos contava uma história engraçada, apaixonada, às vezes triste outras vezes descoberta. Eu lembrei que decidi escrever esse “novo” diário porque queria um dia me sentar com você, num dia frio e reler nossas histórias. E rir muito de como éramos crianças e nos desculpar pelas vezes que nos magoamos. E nos lembraríamos do porque de nos amarmos tanto. Pensei em escrever tudo pra que, como nos filmes românticos, as coisas entre nós nunca fossem esquecidas.
Depois de folhear algumas páginas, me deu um medo de jogar àquilo fora. Me deu uma sensação de estar jogando fora nossas histórias. Fiquei com medo de um dia querer aquilo de volta e não poder mais porque estaria no lixo. Fiquei com medo de um dia ter vontade de reler aquilo com você e lembrar o dia em que joguei fora, juntamente com mais algumas outras lembranças. Depois desse devaneio voltei a mim...eu não estava mais com você. Eu não tinha mais como esperar por esse futuro dia se nem ao menos eu tinha você no meu presente. O “livro” que contava nossa história foi pra o lixo. Com medo de ser idiota por esperar... e em um súbito segundo de lucidez ele foi parar na pilha que não faria mais parte da minha vida.
Revi outras coisas. Joguei fora tantas outras partes de mim.
Enfim, terminei minha pequena – grande faxina.
Já estava terminada. Tudo separado. Tudo que não queria mais foi pra o lixo. E eu não veria, nem sentiria mais nada daquilo.


Voltei atrás. Peguei o meu livro da nossa história. Guardei em um lugar seguro pra que ninguém lesse. E voltei a esperar.

Agradecer por sonhar...


Foi só mais um sonho, eu sei. Mas é que a ilusão de ter é tão boa... chega tão perto de ser satisfação... Claro que não se compara a realidade, quando tinha esse sonho se realizando na minha vida. Claro que não. Não falo de sonho metaforicamente...do que eu desejo. Falo de dormir, cansada... exausta de um dia com algumas decepções e chatices e como quem não quer nada (mesmo querendo tudo) encontrar você. Lindo. Do mesmo jeito que te deixei. Melhor...como eu te conheci. E sentir você. E ouvir você. E ver você. Com uma camisa, um short, havaianas... em uma sala enorme. E nós dois...vagando nela. Não sozinhos... Com outras pessoas. E eu pensei como pensava quando estava com você. Esperando o momento que ficaríamos sozinhos... e conversaríamos e ríamos... e seríamos só nós dois. Subimos e descemos escadas. E eu estava feliz. Você também estava feliz. Esperando momentos melhores. Eu estava esperando por segundos, próximos àqueles, melhores. Acordei, quando o despertador ainda não tinha nem ao menos tocado. Acordei e me esforcei pra dormir de novo. Não consegui. Então me esforcei pra lembrar cada detalhe... de como seu rosto estava vermelhinho. De como você sorria. De como você cuidava de mim naquela sala enorme. De como estávamos felizes. Antes de deixar você ir embora das minhas “ilusões matinais” eu agradeci por ter te visto mais uma vez. E meu dia estava só começando...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


Eu só queria dizer que hoje... exatamente a essa hora...eu estava tendo o melhor dia do ano. Possa ser que tenha sido o último dia do ano em que tenha sido verdadeiramente... COMPLETAMENTE feliz.

(O dia mais feliz do ano: 06 de janeiro de 2012)